terça-feira, 4 de março de 2014

Diário de um Folião - Dia 3# Segunda-feira

Acordei com uma tremenda vontade de viver o Carnaval. Saí de casa e levei com um balão de água na tromba. Não rebentou e as crianças vieram apanhar e atiraram-me outra vez. Mas só rebentou à terceira.
Gostei tanto que comecei a rir e voltei para casa onde chorei compulsivamente.
Só de pensar que aquelas crianças serão os adultos de amanhã e não conseguem rebentar um balão à primeira...

Estou tão alegre com isto do Carnaval.


Foi só um percalço. Ás 4 da tarde já depois do almoço, dois amigos meus passaram cá por casa para "carnavalar". Disseram que o meu espírito era contagiante. E que precisava de sair. Convidaram-me para ir a Torres. Não aceitei. Gosto de viver o Carnaval intensamente e na intimidade. Não como os transformistas. Ele foram, eu disse que talvez amanhã fosse lá ter. Afinal a Terça-feira é que é o dia de Carnaval e por essa altura conto já estar em êxtase com esta quadra.

Acabei a noite a beber um café com uma senhora viúva aqui do prédio que adora o Carnaval. Eu acho que ela não era viúva. Era só uma máscara. Disse que eu estava com um ar "morto". Fui-me embora. Ela não sabe de certo o que é a arte de foliar.

Este terceiro dia foi estranho e amanhã? Amanhã é o dia da maior tradição portuguesa: gordas em biquíni a tentar dançar o samba em saltos enquanto lhes chove em cima e morrem de frio. Não há nada que me deixe mais ansioso que ver isto. E quem sabe se não sou capaz de sair de casa para ver.


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